Histórias que ninguém quer ouvir: February 2008

Designação científica: Paneleirini Pombinius
Designação de senso-comum: Bichas empoladeiras. "Aqueles-que-têm-a-mania".

Características definidoras: Membros delgados. Locomoção com coluna 100% na vertical e peitorais propositadamente para fora, para desviar a atenção da sua cara não abençoada.

Onde se encontram? - Os "pombos" são encontrados em vários locais nas grandes metrópoles urbanas, sendo visíveis principalmente à saída e entrada nos seus nichos ecológicos: os ginásios. De entre estes, é frequente serem avistados os "pombos reais" à saída do Holmes Place e os "pombos rafeiros" nos vários ginásios a cair de velhos, em toda a cidade.

Comportamento Sexual: O período de acasalamento vai praticamente desde o momento em que acordam, até ao momento em que se deitam e durante todo o ano, excepto durante a transmissão dos mundiais de culturismo. Quando se encontram nos seus nichos ecológicos, passam várias vezes em frente de machos de outras espécies, numa tentativa de captar a sua atenção. Quando saem destes, são avistados a pavonear-se por avenidas e ruas movimentadas, com os mamilos a apontar para Meca.

Os Deftones já não tocavam em Portugal há algum tempo e os fã abarrotavam a porta do Coliseu, as ruas e os bares mais próximos.Gosto sempre de chegar mais cedo, beber umas canecas, chill out a bit e curtir o pessoal que chega para os concertos,os punks, os dreads,os freaks e claro, os meus preferidos: os hardcore boys. Umas sapatilhas de skater ou botas da tropa, calças de gangas estropiadas,sweat-shirt pretos de bandas (Agnostic Front, Angelic Upstarts, Dropkick Murphys...) e cabelo corte máquina #1. Às vezes barbudinhos mas quase sempre gordinhos ou com um granda caparro, estes senhores abrilhantam a platéia de um concerto com mosh e suor...
Lá estava eu na cervejaria mesmo na esquina do coliseu a curtira minha caneca,quando ele veio porta adentro qual viking: forte e gordito nos seus 1,70m, barba ruiva comprida à System of a Down, olhos verdes e maus e cabeça rapada (aquela cabeça reluzia por causa dos cabelos a crescer e a luz forte do bar cobria-a de ouro). Um grande alarido com a sua chegada, gritos e abraços, pois ele conhecia uns gajos que lá estavam.E já estava ele também com uma caneca na mão quando ao beber o primeiro gole, olhou para mim que estava no fundo do balcão e checking me out de cima abaixo, fez "aquele olhar"( para quem não sabe é aquele olhar de "comia-te todo")... eu sempre faço uma cara impassível quando recebo um olhar deste... porque sei e não sei o que ele significa...o "comia-te todo" podia traduzir-se também por "comia-te todo de porrada". Mas, eu notei que ele voltou a olhar para mim segundos mais tarde (ao pedir a segunda caneca porque a primeira desceu estilo shot) e mais precisamente para o meu peito e foi aí que eu notei que usavamos a mesma sweat-shirt: Mastodon. Creio que a maioria que ler isto não faz a mínima ideia de quem eles são. Para quem sabe, é favor por para tocar o "Blood Mountain". Creio também que a maioria não sabe a empatia que há nos concertos rock entre as pessoas que estão a usar a mesma peça de roupa com o nome de uma banda."Ah...então é isso" pensei. Já estavam a abrir os portões e umas pessoas apressavam-se a pagar e a sair... seus amigos saíram e ele ficou, a dizer: "não, ainda bebo mais umas: estou com uma sede do caralho!"... "do caralho ou de caralho?" gracejou um amigo, ao que ele respondeu com dois middle fingers e um sorriso safado. Eu estava a olhar para ele com cara de parvo, claro, pois ele olhou de volta e mostrou-me a língua ainda a sorrir com cara de puto: ele tinha uma "ball tongue" ( um piercing na língua, sabes, aqueles em que ficas com uma bola prateada à mostra?... já os Korn cantavam sobre uma no seu primeiro albúm...uh, preciso ouvir esse disco mais vezes...). Eu sorri de volta meio sem jeito mas já com os olhos a queimar de desejo. Aconteceu aquela coisa praticamente mística, que são dois gajos a desejarem-se e a comerem-se com os olhos, e o mundo todo a volta não consegue notar o que está a acontecer. Ele terminou sua caneca num golo, dirigiu-se à casa de banho e passou por mim com os olhos fixos no meu. Eu contei até 10 bem devagar, para ver se alguém também lá iria, terminei a minha e desci os dois lances de escada até o WC que ficava na cave. Mau iluminada e já alagada de água e mijo, a casa de banho parecia saída de um video dos NIN ou de Silent Hill. Entras, viras à direita e depois a esquerda, onde estavam os urinois: boa, um WC em forma de "L"... consegues ver perfeitamente se vai entrar alguém. Ele lá estava com as duas mãos a segurar o caralho já meio teso, a tentar mijar, afastado do urinol...eram quatro urinois, ele estava no terceiro e eu fui para o quarto, encostado à parede.Eu pus o meu para fora, que já estava teso antes de terminar a cerveja e tentei mijar... sim, tentei... bexiga cheia e pau teso não combinam. Ou uma coisa ou outra. Ele olhou para mim,riu e disse: " é fodido tentares mijar assim..." e eu: "ya... ou uma coisa ou outra..." vindo de cima, começamos a ouvir "Bored" dos Deftones (alguém deve ter posto o cd à tocar no bar)...ele disse: "foda-se... curto bué essa musica"...eu perguntei, "so, are you feeling bored?" ele, "e você, quer fazer uma coisa ou outra?" eu olhei para baixo e vi aquele caralho enorme já completamente teso, a pulsar, um braço rosado de bébé a segurar uma maçã, num ninho de pentelheira ruiva, selvagem como uma coroa de espinhos. "Eu quero fazer as duas", abaixei me e enfiei aquilo na boca, aquele gosto forte de picha suada e mijada, um sabor quente, amargo e salgado... ele jogou a cabeça para trás e gemeu, fechando os olhos. Abri-lhe mais as calças e puxei os tomates para fora, esfregando-lhes o nariz e a barba por fazer, a cheirar com força e a lamber como faz um cão quando o dono chega à casa.Ele tinha os tomates pesados, mas eu ia dar um jeito nisso.Enfiei as mãos pela camisola adentro, sentindo os pêlos àsperos a procura dos mamilos.Encontrei primeiro os piercings, uma argola pesada em cada um.Ele rosnou com o toque frio das minhas mãos e com a cabeça da picha a latejar e a forçar caminho no meu palato, apertei aquilo com força enquanto meu caralho já pingava de tanto tesão. Ele olhou pra mim e ergueu-me, empurrou-me à bruto contra a parede e jogou-se contra mim, enfiando a língua na minha boca e as mãos dentro da calça agarrando meu rabo com precisão de tenaz... lá encima, Chino Moreno cantava "I wish I could feel like you/When I fuck like you/being sore..." ele repetia a mesma frase no meu ouvido, depois cuspiu na mão e começou a me bater uma, enquanto me mordia o pescoço, subiu-me o sweat-shirt e passou a mordiscar os mamilos: o metal de sua língua a chocar contra o metal dos halteres nos meus mamilos... a descer a língua de novo, que queimava como fogo, a espicaçar meu caralho com as mãos e lambidelas até que por fim, enfiou-o todo na boca.Quase perdi os sentidos com a bola de metal a causar impressão na cabeça da picha. Ele subiu a mão esquerda e meteu os dedos gordos na minha boca, encharcando-os de saliva e descendo-os rapidamente para enfiar o anular no meu cu.Tive que me conter para não me esporrar todo. Ele fazia isso tudo a gemer e a punhetar-se violentamente, olhou para cima e disse "vem-te comigo",começou a mamar com mais força e velocidade e pelas piscadelas do meu esfíncter, deve ter percebido que não faltava muito, por isso enfiava o dedo vigorosamente e com o caralho todo enfiado na boca,mordia de leve a base: cerrei os dentes e urrei para dentro enchendo-lhe a boca de esporra enquanto ele derramava a sua pra cima das minhas botas: Ele levantou-se, abriu a minha boca e cuspiu saliva e esperma, beijando-me em seguinda, a dividir o sabor comigo.
Ao abotoar as calças, disse:
"então, vais ao concerto?"
"Sim, e tu?"
"ya, já lá devia estar" e riu-se. " nos vemos lá? ..."
"ya"
Ele subiu primeiro para não dar muita cana e eu saí logo depois. Não o vi na primeira parte do concerto, mas por coincidência, durante os Deftones, subimos os dois para o palco, cada um a dar fintas aos seguranças para ter o prazer de um mosh. Antes do salto, ainda tive tempo de olhar para ele. Ele sorriu e mostrou-me a língua: a bola de metal a brilhar como seus olhos.